quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Osíris Nas Estrelas

 A universalidade dos Mistérios Osirianos ganha uma nova dimensão quando o assunto é o culto as estrelas segundo o Sir Norman Lockyer. De acordo com esse pesquisador, por volta de 6400 a.C, Osíris e Thoth vieram do Sul onde Osíris era adorado com um deus lunar e se encontravam numa população que adorava o sol do alvorecer Re /Atmu (crepúsculo) e introduziram o calendário lunar de Thoth juntamente com a necessidade de reconhecer o lugar do sol no equinócio de outono, época em que seu ano lunar provavelmente começava.
 Como mais uma colaboração da importância de Osíris como o todo poderoso deus da Lua, Lockyer cita o professor Sayce que escreveu: "Segundo a religião oficial da Caldéria, o deus do Sol era um rebento do deus da Lua...Essa crença só podia ter nascido onde o deus da Lua era objeto supremo de culto...", divergindo assim do culto semítico a um deus Sol como "... o senhor e pai dos deuses".Mas numa nota de rodapé, Lockyer salienta que "mesmo no alemão moderno a palavra Lua é masculina e a palavra para Sol é feminina".
 Segundo Lockyer  o culto estrelar do Sul a Osíris em contraste com o culto de Thoth que permaneceu essencialmente enigmático enquanto continuava a desempenhar um papel importante nos Mistérios Osírianos, gradativamente evoluiu para um culto solar e Osíris tornou-se um deus do Sol comumente aceito, mas um deus que representa o Sol em sua quarta e oculta fase. Não obstante, os quatros netos de Osíris ou Olho de Hórus  são ditos como entidades guardiães das quatro direções cardeais de espaço e tempo.Lockyer conclui que, assim como Ísis está ligada aos movimentos celestes da Estrela Grande Cão Sírius; "parece que a mitologia ligada a Osíris é simplesmente a mitologia ligada a qualquer corpo celeste que se torne invisível". Lockyer sentiu que a mitologia Osíris-Ísis-Hórus tinha base firme em astronomia é que o estudo científico dos astros orientava não somente a marcação do tempo no Antigo Egito mas também sua arquitetura.
 Mas isso não explica totalmente a combinação Ptah-Osíris. Por exemplo não é a imagem de Ptah, deus patrono dos artesãos, que é usada na mais importante cerimônia egípcia  denominada "o esticar a corda", que mede o tempo e o espaço na Terra como no Céu. É Sheshesta, deusa Estrela Faraó que usa a Coroa Atef de Osíris.
 Na teogonia rosacruz, Pitah- Osíris tem uma função ainda oculta, talvez velando o Drama Memtítico em que Ptah se torna "O Arquiteto do Universo, Causa das causas, Mente Universal, o sopro e a essência de todas as coisas... A cabala antiga  com sua doutrina de entonação e a posterior doutrina do Logos, deve ter sido transmitida dessa antiga fonte".
 À parte dessas correspondências entre os atributos cósmicos de Ptah e Osíris, o Osíris Ascensionado é sempre o Benu ou Fênix Egípcia, o eterno, e nesta qualidade estreitamente associado ao "pyramidion" e ao "cume perdido" da Grande Pirâmide, como sugerido pelo historiador egípcio Dr, Rundle -Clark .

 

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