segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A Cinta de Órion

  A imagem da "alma- ave" de Osíris, a Fênix elevando-se das cinzas da materialidade, ainda fascina a visão interior e a imaginação de iniciados do mundo inteiro. Mas é a "alma" de Osíris, relativamente, ao cume perdido da Grande Pirâmide que agora traz este artigo a uma breve menção da constelação de Órion e em particular as três estrelas da Cinta de Órion, segundo o autor Richard Hinckley Allen em seu livro: Star Names- Their Lore and Meaning  "A mitologia egípcia fez repousar nessa constelação (Órion) a alma de Osíris, assim como fez repousar na estrela Sírius a alma de Ísis.
   Em 1994 os autores Bauvál e Gilbert sugeriram que as três estrelas da Cinta de Órion podem estar refletidas abaixo na disposição específica das três pirâmides de Gizé.  Em seu outro livro: The Orion Mystery, Richard Hinckley salienta novamente, sempre em consonância com os ensinamentos orais da Tradição Ocidental, que o alinhamento dos outros "poços de ar" na Grande Pirâmide foram ajustados para o movimento de pressão da Terra, aponta tanto para a estrela grande do Cinturião de Órion como a estrela Grande Cão Sírius bem como Alfa Draconis.
   Concluindo a Grande Pirâmide em sua forma arquétipa, sempre foi "a Casa do Altíssimo Deus" nas tradições orais do Ocidente. Osíris simbolizado como Pedra Ben Ben, Unnefer ou Aton, o Deus Único em sua manifestação cósmica é a fonte máxima: "assim como é acima, é abaixo" e fica justificado como Essência Criadora Primordial. Na Terra, O Divino Filho de Osíris, Hórus, no Horizonte Oriental vive através do Faraó encarnado, mas  quando o Faraó morre, sua pedra para se unir à eterna alma de Osíris, que mais uma vez,diz a tradição, mora na grande estrela da Cinta Celeste de Órion.
  A forma piramidal sobre a qual está sentada a Benu ou alma-ave de Osíris sugere outras coisas caras ao coração do filósofo hermético. À semelhança do Nous rosacruz, Osíris abrange o finito e o infinito, inclusive os atributos dos quatros ( Arcano n° 4 - O Imperador) princípios alquímicos: água, terra, fogo e ar. Osíris aparece  em forma antropomórfica como o um deus do Nilo, deus da Lua ou do Sol, rei -deus e é também representado pelo Olho do Grande Falcão, Hórus. Seu atributo sublime é uma Tríada Hermética de elementos primordiais: fogo,água,ar ou sal,enxofre e mercúrio e também na imagem hieroglifa como Osíris, Ísis e Hórus.
   No simbolismo numérico pitagórico e platônico (podemos dizer arcano) é um 4 ( a lâmina do Imperador) mais ou vezes 3 ( a lâmina da Imperatriz) sétuplo ( o Arcano 7 - O Carro) ou 12 ( O enforcado). Mas,em última análise, em sua "forma" oculta como Quintessência Hermética ( O arcano 5- Hierofante), Osíris representa a fabulosa Fênix (Benu) ligando o Céu e a Terra, ciência e metafísica.



 


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Osíris Nas Estrelas

 A universalidade dos Mistérios Osirianos ganha uma nova dimensão quando o assunto é o culto as estrelas segundo o Sir Norman Lockyer. De acordo com esse pesquisador, por volta de 6400 a.C, Osíris e Thoth vieram do Sul onde Osíris era adorado com um deus lunar e se encontravam numa população que adorava o sol do alvorecer Re /Atmu (crepúsculo) e introduziram o calendário lunar de Thoth juntamente com a necessidade de reconhecer o lugar do sol no equinócio de outono, época em que seu ano lunar provavelmente começava.
 Como mais uma colaboração da importância de Osíris como o todo poderoso deus da Lua, Lockyer cita o professor Sayce que escreveu: "Segundo a religião oficial da Caldéria, o deus do Sol era um rebento do deus da Lua...Essa crença só podia ter nascido onde o deus da Lua era objeto supremo de culto...", divergindo assim do culto semítico a um deus Sol como "... o senhor e pai dos deuses".Mas numa nota de rodapé, Lockyer salienta que "mesmo no alemão moderno a palavra Lua é masculina e a palavra para Sol é feminina".
 Segundo Lockyer  o culto estrelar do Sul a Osíris em contraste com o culto de Thoth que permaneceu essencialmente enigmático enquanto continuava a desempenhar um papel importante nos Mistérios Osírianos, gradativamente evoluiu para um culto solar e Osíris tornou-se um deus do Sol comumente aceito, mas um deus que representa o Sol em sua quarta e oculta fase. Não obstante, os quatros netos de Osíris ou Olho de Hórus  são ditos como entidades guardiães das quatro direções cardeais de espaço e tempo.Lockyer conclui que, assim como Ísis está ligada aos movimentos celestes da Estrela Grande Cão Sírius; "parece que a mitologia ligada a Osíris é simplesmente a mitologia ligada a qualquer corpo celeste que se torne invisível". Lockyer sentiu que a mitologia Osíris-Ísis-Hórus tinha base firme em astronomia é que o estudo científico dos astros orientava não somente a marcação do tempo no Antigo Egito mas também sua arquitetura.
 Mas isso não explica totalmente a combinação Ptah-Osíris. Por exemplo não é a imagem de Ptah, deus patrono dos artesãos, que é usada na mais importante cerimônia egípcia  denominada "o esticar a corda", que mede o tempo e o espaço na Terra como no Céu. É Sheshesta, deusa Estrela Faraó que usa a Coroa Atef de Osíris.
 Na teogonia rosacruz, Pitah- Osíris tem uma função ainda oculta, talvez velando o Drama Memtítico em que Ptah se torna "O Arquiteto do Universo, Causa das causas, Mente Universal, o sopro e a essência de todas as coisas... A cabala antiga  com sua doutrina de entonação e a posterior doutrina do Logos, deve ter sido transmitida dessa antiga fonte".
 À parte dessas correspondências entre os atributos cósmicos de Ptah e Osíris, o Osíris Ascensionado é sempre o Benu ou Fênix Egípcia, o eterno, e nesta qualidade estreitamente associado ao "pyramidion" e ao "cume perdido" da Grande Pirâmide, como sugerido pelo historiador egípcio Dr, Rundle -Clark .

 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Osíris e sua alma


  O nome Osíris é um mito egípcio muito conhecido de um homem-deus associado, cujo o corpo esquartejado é recomposto o que lhe vem proporcionar uma nova vida. Embora Osíris seja um deus dos mortos e da regeneração é também benfeitor da humanidade que traz ao povo o conhecimento da agricultura e da civilização. Mas será que a história do assassinato de Osíris por Set, seu corpo espalhado por todo o Egito e a miraculosa  recomposição por sua irmã-esposa Ísis é tudo que há para entender desse deus?
  A tradição oral que é muito mais fascinante quando consideramos seu nome como um tema arquétipo, isto é, como uma incorporação universal da Alma. A extrapolação e composição dos trechos da tradição oculta relativa a Osíris como o mais Alto Deus do Egito e a sua "alma" como a Fênix na Pedra Ben Ben, pode realmente revelar traços dos Mistérios de Osíris e de sua expansão para o esoterismo ocidental. Fazendo assim, talvez, possível seja revelar aquilo que a tradição oral sempre conheceu: O alinhamento astronômico das pirâmides de Gizé e os propósitos astronômicos por trás das aberturas nas câmeras da Grande Pirâmide.
  Aqueles que aceitam exclusivamente o mito comum de Osíris não precisam questionar. Para eles não há mistério algum,porém na tradição ocidental sempre houve um ensinamento secreto envolvendo seu nome. Os filósofos gregos Pitágoras e Platão conheceram esse segredo e velaram no simbolismo dos número, ao passo que Plutarco continuou a divulgar apenas a mitologia do deus- homem e seu tema de estilo osiriano aos primeiros cristãos egípcios, influenciando assim posteriores dogmas da Igreja Cristã.
 No começo do século 20, os aspectos ocultos de Osíris bem como os religiosos atraíram a atenção acadêmica através dos escritos pisco-filosóficos  de Jung e Esther Harding, todavia as tradições rosacruzes e teosóficas mantiveram o fogo secreto dos Mistérios de Osíris ardendo intensamente  ao longo dos séculos.
 Poderíamos contrastar a aparente necessidade de ocultar uma tradição secreta sob o manto de um mito comumente aceito como Osíris enquanto rei deus vivo. Com os contextos gnósticos, judaicos,cristãos e islâmicos nos quais os mistérios ocultos de Orfeu, Moisés, Buda,Krishna, Cristo Jesus e Maomé foram todos representantes como ou foram de fato homens-deuses vivos cujas doutrinas, literalmente interpretadas, foram extremamente poderosas sobre as nações. As doutrinas  que provieram de seus "adventos originais" foram e ainda são ardentemente defendidas por seus seguidores , no entanto, segundo Helena Blavatsky, cuja opinião era compartilhada por Jung, essas poderosas personalidades e seus subsequentes dogmas têm fortes ligações com o Osíris, especialmente na lenda de Jesus e Krishna.
 Tem interesse ainda a indicação de Blavatsky de que Osíris, em seus quatros aspectos primordiais, é um conceito grandioso e sugestivo porque abrange todo o campo do pensamento físico e metafísico.   A esse respeito escreveu: "Esses aspectos eram Osíris -Ptah (Luz), Osíris - Hórus (mente e intelecto), Osíris Lunus (psíquico, astral) e Osíris  - Typhom ( terreno, físico)".Blavastky afirmou também que Osíris "...como uma divindade solar, tinha 12 deuses menores ( os 12 signos do zodíaco) abaixo dele" não somente sugerindo Chokmah (ou Hochmah/ Sabedoria na Cabala), mas sugerindo sutilmente sua ligação oculta com os 12 caminhos da Árvore da Vida cabalística.