quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Osíris e sua alma


  O nome Osíris é um mito egípcio muito conhecido de um homem-deus associado, cujo o corpo esquartejado é recomposto o que lhe vem proporcionar uma nova vida. Embora Osíris seja um deus dos mortos e da regeneração é também benfeitor da humanidade que traz ao povo o conhecimento da agricultura e da civilização. Mas será que a história do assassinato de Osíris por Set, seu corpo espalhado por todo o Egito e a miraculosa  recomposição por sua irmã-esposa Ísis é tudo que há para entender desse deus?
  A tradição oral que é muito mais fascinante quando consideramos seu nome como um tema arquétipo, isto é, como uma incorporação universal da Alma. A extrapolação e composição dos trechos da tradição oculta relativa a Osíris como o mais Alto Deus do Egito e a sua "alma" como a Fênix na Pedra Ben Ben, pode realmente revelar traços dos Mistérios de Osíris e de sua expansão para o esoterismo ocidental. Fazendo assim, talvez, possível seja revelar aquilo que a tradição oral sempre conheceu: O alinhamento astronômico das pirâmides de Gizé e os propósitos astronômicos por trás das aberturas nas câmeras da Grande Pirâmide.
  Aqueles que aceitam exclusivamente o mito comum de Osíris não precisam questionar. Para eles não há mistério algum,porém na tradição ocidental sempre houve um ensinamento secreto envolvendo seu nome. Os filósofos gregos Pitágoras e Platão conheceram esse segredo e velaram no simbolismo dos número, ao passo que Plutarco continuou a divulgar apenas a mitologia do deus- homem e seu tema de estilo osiriano aos primeiros cristãos egípcios, influenciando assim posteriores dogmas da Igreja Cristã.
 No começo do século 20, os aspectos ocultos de Osíris bem como os religiosos atraíram a atenção acadêmica através dos escritos pisco-filosóficos  de Jung e Esther Harding, todavia as tradições rosacruzes e teosóficas mantiveram o fogo secreto dos Mistérios de Osíris ardendo intensamente  ao longo dos séculos.
 Poderíamos contrastar a aparente necessidade de ocultar uma tradição secreta sob o manto de um mito comumente aceito como Osíris enquanto rei deus vivo. Com os contextos gnósticos, judaicos,cristãos e islâmicos nos quais os mistérios ocultos de Orfeu, Moisés, Buda,Krishna, Cristo Jesus e Maomé foram todos representantes como ou foram de fato homens-deuses vivos cujas doutrinas, literalmente interpretadas, foram extremamente poderosas sobre as nações. As doutrinas  que provieram de seus "adventos originais" foram e ainda são ardentemente defendidas por seus seguidores , no entanto, segundo Helena Blavatsky, cuja opinião era compartilhada por Jung, essas poderosas personalidades e seus subsequentes dogmas têm fortes ligações com o Osíris, especialmente na lenda de Jesus e Krishna.
 Tem interesse ainda a indicação de Blavatsky de que Osíris, em seus quatros aspectos primordiais, é um conceito grandioso e sugestivo porque abrange todo o campo do pensamento físico e metafísico.   A esse respeito escreveu: "Esses aspectos eram Osíris -Ptah (Luz), Osíris - Hórus (mente e intelecto), Osíris Lunus (psíquico, astral) e Osíris  - Typhom ( terreno, físico)".Blavastky afirmou também que Osíris "...como uma divindade solar, tinha 12 deuses menores ( os 12 signos do zodíaco) abaixo dele" não somente sugerindo Chokmah (ou Hochmah/ Sabedoria na Cabala), mas sugerindo sutilmente sua ligação oculta com os 12 caminhos da Árvore da Vida cabalística.


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